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Vendas Financiadas de Veículos Têm Leve Alta em Janeiro

por e-Cidadão

As vendas financiadas de veículos no Brasil somaram 563 mil unidades em janeiro de 2025, representando um crescimento de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2024.

Esse volume é o maior registrado para um mês de janeiro desde 2014, evidenciando uma retomada do crédito automotivo no país.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pela B3 e englobam veículos novos e usados, incluindo automóveis leves, pesados e motos.



Motos impulsionam o crescimento do setor

De acordo com a B3, o principal fator que manteve o saldo positivo nas vendas financiadas foi o segmento de motos, que apresentou um crescimento de 2,4% na comparação com janeiro de 2024.

Enquanto isso, o financiamento de automóveis leves teve uma retração de 3%, e o de veículos pesados caiu ainda mais, com uma queda de 6,4%.

“Em janeiro tivemos um cenário muito similar ao do ano passado. Apesar das quedas em autos leves e veículos pesados, o segmento de motos acabou puxando o cenário geral para cima”, destacou Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3.

A alta nas vendas de motos financiadas pode ser explicada por diversos fatores, como o aumento da demanda por meios de transporte mais econômicos e acessíveis, especialmente em regiões onde o transporte público ainda apresenta desafios.

Além disso, as condições facilitadas de crédito e a busca por alternativas de mobilidade impulsionaram esse segmento.

Regiões brasileiras e o comportamento do crédito automotivo

Na análise regional, a região Nordeste se destacou como a líder no crescimento do financiamento de veículos, com uma alta de 8,8% em relação a janeiro de 2024. O Norte também teve um bom desempenho, com um crescimento de 8,4%.

Esses números demonstram a expansão do acesso ao crédito nessas regiões, impulsionado pela maior oferta de linhas de financiamento e pelo crescente interesse em motocicletas como alternativa de mobilidade.

Por outro lado, as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul registraram queda nos financiamentos, com recuos de 1,2%, 2% e 4,3%, respectivamente.

Esse desempenho pode estar relacionado a um endividamento maior das famílias, restrições de crédito e menor interesse na troca de veículos em determinadas localidades.

Tendências e perspectivas para o setor em 2025

Para os próximos meses, especialistas apontam que a manutenção do crédito automotivo dependerá de fatores como taxas de juros, nível de endividamento das famílias e o comportamento da inflação.

A expectativa é que a demanda por motos continue crescendo, enquanto os financiamentos para automóveis leves e pesados possam enfrentar desafios devido ao alto custo de aquisição e juros elevados.

Além disso, a digitalização dos processos de financiamento pode facilitar ainda mais o acesso ao crédito, permitindo aprovações mais rápidas e condições mais atrativas para os consumidores.

As instituições financeiras estão cada vez mais investindo em tecnologia para agilizar a concessão de crédito e tornar o processo de compra mais eficiente e seguro.

Com esse panorama, o mercado de financiamentos de veículos segue atento às dinâmicas econômicas e às preferências do consumidor, buscando adaptar-se às novas demandas e garantir um crescimento sustentável ao longo de 2025.

Fonte: Agência Brasil

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