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Brics Avalia Medidas Conjuntas para Regular a Inteligência Artificial

por e-Cidadão

A Inteligência Artificial (IA) vem revolucionando diversos setores da economia global e gerando transformações significativas no mercado de trabalho.

Frente a esse cenário, os dez países que integram o Brics estão avançando em discussões sobre estratégias conjuntas para assegurar o uso ético da Inteligência Artificial e mitigar os impactos sociais causados pela nova tecnologia.

Reunidos em um grupo de trabalho sobre emprego, representantes de Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos estudam a criação de medidas regulatórias que possam proteger os trabalhadores e incentivar a capacitação tecnológica de diferentes faixas etárias.



Reuniões e Discussões sobre o Uso Ético da Inteligência Artificial

Nos dias 12 e 13 de fevereiro de 2025, os países membros do Brics participaram de reuniões virtuais com o objetivo de alinhar propostas e buscar consensos sobre a regulação da Inteligência Artificial.

A ideia central é desenvolver uma abordagem coletiva que garanta que a tecnologia seja aplicada de maneira responsável e segura.

De acordo com Maíra Lacerda, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Emprego do Brics e assessora de Relações Internacionais do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, os diálogos avançaram para soluções práticas e colaborativas.

Ela enfatizou que, embora cada país esteja adotando suas próprias medidas internas, há um entendimento comum sobre a importância de uma atuação integrada no bloco.

Políticas de Proteção Social e Inclusão Digital

Entre as principais preocupações discutidas está a formulação de políticas de proteção social para amparar trabalhadores que possam perder seus empregos em razão das transformações tecnológicas impulsionadas pela Inteligência Artificial.

Além disso, há um forte compromisso em estimular a capacitação profissional de jovens e idosos, garantindo que todos possam se adaptar e aproveitar as oportunidades trazidas pela transformação digital.

Consenso entre os Países do Brics

A expectativa é que os avanços nas negociações resultem em um documento final que será assinado pelos ministros do Trabalho dos países do Brics no próximo dia 25 de abril, em reunião presencial no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Segundo Maíra Lacerda, existe uma clara disposição de cooperação entre os integrantes do bloco, com ênfase na educação tecnológica e na inclusão de grupos vulneráveis no processo de modernização.

O objetivo é promover um crescimento econômico sustentável e equilibrado, sem deixar trabalhadores desamparados.

Implementação e Adaptação nas Legislações Nacionais

A proposta em construção também prevê que os países membros possam internalizar as diretrizes acordadas em suas respectivas legislações, se assim desejarem.

Esse mecanismo visa assegurar que as decisões coletivas do Brics tenham continuidade, mesmo em casos de mudança nos governos locais.

Esse alinhamento busca evitar retrocessos e garantir que as políticas de uso ético da Inteligência Artificial e de proteção ao emprego sejam aplicadas de maneira uniforme e permanente em todos os países do bloco.

Perspectivas Futuras

A colaboração entre os países do Brics demonstra que a regulação da Inteligência Artificial não precisa ser encarada como um obstáculo ao desenvolvimento.

Pelo contrário, a construção de normas éticas e sociais pode transformar essa nova tecnologia em um motor de progresso econômico e inclusão social.

A expectativa é que o fortalecimento da troca de experiências e a união de esforços entre as nações ampliem as possibilidades de desenvolvimento sustentável e consolidem a posição do Brics como referência na governança global da Inteligência Artificial.

Com informações: Agência Brasil

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